O SISTEMA SOLAR

O SISTEMA SOLAR

Andreza Machado , Fabíola Mathias,  Rafaella Santana, Uillian Lopes Maier
Prof. Irimar Bittencourt de Bem
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Geografia (GED0138) – Pratica Modulo III
29/05/14
RESUMO
O atual trabalho traz um estudo sobre as teorias de como se formou o Sistema Solar também como ele é composto, para isso foi necessário conhecer cada astro que faz parte desse conjunto que por consequência faz parte de uma galáxia conhecida como via láctea sendo uma de tantos outros bilhares que compõem nosso imenso e pouco explorado universo. Partindo do principio que explorar significa ampliar conhecimento e que o homem precisa de ferramentas certas para essa deslumbrante aventura no espaço coube através da pesquisa conhecer quais são os instrumentos tecnológicos utilizados pelos cientistas para investigar esse imenso universo. Algo relevante que foi observado é a importância que o Sol tem para o ser humano e também para as outras formas de vida existentes em nosso planeta e de que forma ele exerce influência sobre os outros astros do sistema solar além da Terra.

Palavras-chave: Sistema Solar. Planetas. Cometas.

 1 INTRODUÇÃO


            Os Sumérios povos que ocupava a região da Mesopotâmia (atual Iraque) há cinco mil anos haviam identificado cinco "estrelas" que se moviam no céu, enquanto as demais permaneciam paradas, e acreditaram que fossem deuses. De acordo com as características de cada uma, elas ganharam nomes relacionados com as divindades. Os romanos mudaram os nomes dos planetas de acordo com suas próprias divindades.

            O sistema solar é formado por um conjunto de nove planetas, satélites naturais, milhares de asteroides e cometas que gravitam ao redor do Sol. O sistema solar também é composto por uma grande quantidade de gases e poeiras interplanetárias. O Sistema Solar situa-se na Via Láctea, que ainda abriga cerca de 200 bilhões de estrelas.

            Pela ordem de distância do Sol os planetas são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Plutão, que era considerado um planeta, teve sua classificação astronômica alterada. Desde os primórdios da civilização o sistema solar é um alvo de grande curiosidade e estudo. Os astrônomos mais antigos observavam o céu notando que alguns pontos luminosos moviam-se no céu entre as estrelas com trajetórias totalmente diferentes da maioria das estrelas. Estes pontos luminosos receberam dos gregos o nome de planetas, que significa astros errantes.

            Depois da invenção do telescópio, outros dois planetas do Sistema Solar foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), Netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John Couch Adams (1819-1892). Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh (1906-1997), e classificado até agosto de 2006 como o nono planeta.


FIGURA 1 – Sistema Solar

2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO SISTEMA SOLAR

Existem várias teorias que tentam explicar a origem do Sistema Solar, porém a mais aceita diz que a formação do sistema se deu através de uma grande nuvem formada por gases e poeira cósmica que em algum momento começou a se contrair acumulando matéria e energia originando o Sol.
           
2.1 O SOL

O Sol é a estrela central do Sistema Solar. O Sol é a Estrela mais próxima da Terra, ele é o centro do sistema solar e sua massa é superior a 750 vezes a massa de todos os planetas reunidos. Os outros bilhões de estrelas que compõem o universo estão tão distantes que vemos apenas á noite como pequenos pontos de luz. Os planetas que se encontram mais próximos do sol possuem composição sólida enquanto os planetas menos próximos possuem composição gasosa

Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,85% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 830 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossíntese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta. A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra. A luz solar é a principal fonte de energia da Terra e é indispensável para a manutenção de vida na Terra, sendo responsável pela manutenção de água no estado líquido.
O Sol tem temperatura de 15 milhões de graus Kelvin no seu núcleo, lembrando que podem atinge uma temperatura de 6000ºC nas áreas mais quentes e a 4.000ºC nas áreas mais frias da superfície, onde ocorrem as chamadas manchas solares.

2.2 PLANETAS
Os O nome planeta foi atribuído pelos gregos aos astros que mudavam de posição todos os dias, por isso foram chamados de astros errantes. Os planetas mercúrio, Vênus e marte, júpiter e saturno já eram conhecidos a olho nu desde a antiguidade. Já Urano e plutão, que perdeu sua classificação de planeta, foram descobertos depois da invenção do telescópio.
Urano em 1781 por Willian Herschel, netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph. Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde Willian Tombaugh (1906-1997), e classificado em agosto de 2006 como o nono planeta do sistema solar. Desde então a União astronômica internacional reclassificou Plutão como "planeta anão".
 Os nomes planetas são associados a deuses romanos. Existem dois tipos básicos de planetas, os terrestres, que são do tipo da terra, e os jovianos, que são do tipo de júpiter. Os planetas terrestres compreendem os quatro planetas mais próximos do sol: Mercúrio, Vênus, terra e Marte. Os jovianos compreendem os quatro planetas mais distantes, júpiter, saturno, urano e Netuno.

2.2.2 MERCÚRIO
Mercúrio é o menor planeta do sistema solar. Seu nome é uma homenagem dos gregos ao mensageiro dos deuses, Mercúrio ou Hermes, para os egípcios. Está distante do sol 58 milhões de km.

2.2.3 VÊNUS
Seu nome é uma homenagem á deusa romana do amor. Vênus possui tamanho semelhante da terra com diâmetro de 12.104km. É popularmente conhecido como estrela d alva e costuma aparecer no céu nas primeiras horas da noite, ou antes, do amanhecer. É o segundo planeta mais próximo do sol.

2.2.4 MARTE
Seu nome, atribuído pelos gregos, é uma homenagem ao deus da guerra. A temperatura de marte pode chegar a 20°C e mínimo de 140°C negativos. O dia marciano determinado pela rotação (em torno do próprio eixo), dura 24,6 horas e o movimento de translação, que determina o ano marciano, tem duração de 687 dias. Marte é um planeta pequeno com diâmetro de 6.794 km. Esta distante do sol 227.939.100km.

2.2.5 JUPITER
Ao contrário do planeta terrestre, é bem provável que possua superfície sólida ou talvez somente o núcleo, porém é apenas uma teoria. Júpiter é formado basicamente por hidrogênio e hélio, semelhante ao sol. Caso fosse maior, poderia ter gerado pressão e temperatura suficientes no núcleo para fazer a fusão nuclear, o que teria transformado este planeta numa estrela, tornando o sistema solar um sistema estela binário, ou seja, com duas estrelas. Tivemos a sorte de isto não ter acontecido, pois, caso contrário, a vida não teria surgido na terra.
 Júpiter é um lugar agitado, possuindo inúmeros furacões e constantes descargas elétricas. O movimento de rotação deste planeta dura 9h e 50 min. e o movimento de translação tem duração de 11,8 anos. Júpiter é visível a olho nu como uma estrela muito brilhante. Para diferenciá-lo de outras estrelas verdadeiras, basta observarem seu brilho, possui brilho fixo.

2.2.6 SATURNO
Sexto planeta do sistema solar, saturno sempre encantou pela beleza dos anéis, formados por poeira e fragmentos de rocha que giram velozmente em torno desse planeta. Temperatura média de 140ºC negativos. Seu movimento de rotação é de 10,5 horas e a translação tem duração de 29 anos.

2.2.7 URANO
Terceiro maior planeta do sistema solar, urano é o sétimo planeta mais distante do sol. A rotação tem duração de 17 horas e o movimento de translação tem duração de 84 anos.

2.2.8 NETUNO
O volume deste planeta é de aproximadamente 60 vezas o planeta terra. Depois que plutão perdeu o status de planeta e passou a ser considerado asteroide, netuno tornou-se o planeta mais externo. O movimento de translação ocorre num período de 165 anos e a rotação em 16 horas. Enquanto a terra possui diâmetro equatorial de 12.756km, netuno tem 49.528km, o que representa 60 vezes o volume terrestre.
Netuno foi descoberto em 23 de setembro de 1846. Os ventos mais fortes de qualquer planeta foram medidos em netuno. Muitos dos ventos sopram na direção oeste, oposta á rotação do planeta. Os ventos sopram próximo dos 2.000 quilômetros por hora.

2.3 COMETAS

Os cometas são compostos por gelos voláteis que se estendem pelo núcleo, cabeleira e cauda. Meteoroides são compostos por minúsculas partículas que ao chegarem ao solo, caso aconteça, chamam-se meteorito. Alguns cometas permanecem fora do sistema solar. Alguns se aproximam do Sol, onde suas brilhantes cabeças e caudas longas e luminosas proporcionam uma visão rara e espetacular, exemplo disso é o cometa Halley que aparece a cada 76 anos, sua última aparição foi em 1986.

CONCEITUANDO OS COMETAS

Quem nunca ouviu falar em um cometa? Alguns têm suas crendices, outros procuram a ciência para explica-los, e tempos remotos eles chegava a assustar muitos. Segundo Bolsanello e Bolsanello (1990, p. 934) “a origem exata do dos cometas é desconhecida”. Mas o importante é que eles existem, e eles são corpos pequenos que se movem ao redor do Sol muitos chegando a colidir com ele ou se desintegram.

 Esses corpos são basicamente formados por gases e poeira congelados, então quando chegam próximo ao Sol naturalmente eles evaporam formando uma nuvem enorme chamado de coma. E como o vento solar vem em direção oposta ao cometa ela leva para traz esta nuvem que forma a famosa cauda, mas é importante ressaltar que nem todo cometa tem cauda.


            Acho que este cometa é mais conhecido e mais esperado por todos, muitos já tiveram a oportunidade de ver esta celebridade, ou melhor, este astro cruzando os céus.

Chan (2014) nos descreve uma curiosidade sobre este famoso cometa:

Halley, o mais famoso dos cometas, nos visita a cada 76 anos e atualmente continua se afastando de nós. Atingirá seu ponto mais distante do Sol, o chamado afélio, em 2023 e só então começará a retornar. Ele deve aparecer por aqui novamente em 2061, quando atinge o ponto mais próximo do Sol – o periélio. O Cometa Halley é um dos objetos mais escuros do Sistema Solar, seu núcleo é mais escuro do que o carvão, porém como vemos a luz do Sol refletida na superfície de poeira e gelo, ele parece brilhante para nós.



CLASSIFICANDO UM COMETA

Bom, para classificar um cometa não podemos usar qualquer unidade, pois ele não se mede em graus Celsius ou em Ampères, então os astrônomos usam a unidade de magnitude para classificar o brilho do astro. Mas para que possamos ver o cometa a olho nu não basta ter certa magnitude suficiente, ele precisa ser brilhante o suficiente e estar muito próximo a Terra.
            “Curiosamente, quanto maior o brilho, menor é a magnitude. Vega é a estrela utilizada para comparação e tem magnitude 0. A magnitude aparente da Lua cheia é -12,6, enquanto a magnitude da estrela Sirius, a mais brilhante do céu, é -1,45”. (CHAN, 2014).


FIGURA 2 - COMETA


FONTE: Disponível em: < http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/cometa-pan- starrs-pode-ser-visto-nos-ceus-do-brasil, b32150a52814d310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html> Acesso em: 23 abr. 2014.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A concepção do planeta Terra é um assunto fascinante que une áreas do conhecimento científico tais como a Astronomia e a Geografia Física. O desenvolvimento do nosso planeta, até a forma que conhecemos hoje, ocorreu por encontros violentos, aquecimentos, resfriamentos e agregação de materiais. Esses processos duraram bilhões de anos e faz parte da história da origem do nosso Sistema Solar. A maior parte do que sabemos sobre esse tema provém de simulações do exemplo da nebulosa solar primitiva e de asteroides que são resíduos da formação do nosso sistema solar No Universo há inúmeras nebulosas (nuvens de gases e poeira) que podem dar início á Sistemas Solares, como aconteceu com o nosso Sistema Solar há mais ou menos 4,6 bilhões de anos. Como o Universo esta repleto de hidrogênio e hélio, na sua totalidade, a existência de elementos mais pesados se deve ao fato de o nosso Sol ser uma estrela de segunda geração; ou seja, a nuvem gasosa que se condensou dando origem ao Sol e aos planetas advém de uma estrela anterior que explodiu (Supernova). Nessa explosão uma pequena fração da matéria conseguiu se estabilizar em elementos mais pesados que o ferro (chumbo, urânio e etc.). 


REFERÊNCIAS
CHAN, Iana. Seis tipos de fenômenos astronômicos que você poderá ver em 2014. Superinteressante, 2014. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-tipos-de-fenomenos-astronomicos-que-voce-podera-ver-em-2014/>. Acesso em: 23 abr. 2014.
BOLSANELLO, Maria Augusta; BOLSANILLO, Patrícia. Moderna enciclopédia para a educação básica. Curitiba: Educacional brasileira, 1990. p. 934.
SOUZA, Arildo João de; MÜLLER, Rosimar Bizello. GEOGRAFIA FÍSICA. Ed. Grupo UNIASSELVI, 2011.
http://www.guia.heu.nom.br/sistema_solar.htm
http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Sistema-Solar/ (figura 1)
http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/o-sistema-solar-4ed4dc12f1ba3.jpg (figura 2)

GRÉCIA ANTIGA

GRÉCIA ANTIGA





ORIGEM e LOCALIZAÇÃO.
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.


PERÍODOS DA HISTÓRIA DA GRÉCIA ANTIGA
Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C. Época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênica (cidade de Micenas) e Cretense (Ilha de Creta). Invasão dos Dórios no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C (nome referente ao poeta Homero). Conclusão do processo de ruralização das comunidades da Antiga Grécia. No final deste período ocorreu o crescimento populacional.
Arcaico - entre 700 e 500 a.C. Surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.
Clássico - entre 500 e 338 a.C. Época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e político da Grécia Antiga. Período mais importante da história grega. Época de grande fortalecimento das cidades-estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos como, por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta). São chamados de Guerra do Peloponeso os episódios militares registrados entre os anos 431 e 404 a.C. que afetaram quase todo o mundo grego, então dividido entre duas grandes potências: Atenas e Esparta. As diferentes alianças, as destruições e a intervenção indireta do império persa precipitaram a decadência política do mundo grego, de forma tal que nenhum dos lados conseguiu resultado favorável. Essa longa guerra facilitou a invasão macedônica sobre a Grécia, pois esta já estava muita enfraquecida.
Helenístico - entre 338 e 146 a.C. Fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se por outros continentes, fundindo-se com outras culturas (helenismo). A expansão da cultura grega foi marcada pelo reinado do macedônio Alexandre O Grande, que conquistou territórios europeus, africanos e asiáticos, constituindo um dos maiores impérios de todos os tempos. Alexandre cresceu na Grécia e foi educado por Aristóteles, um dos maiores sábios gregos. O termo helenismo originou-se de Hélade, nome pelo qual era chamada a Grécia pelos próprios gregos.



PÓLIS GREGAS.
A Antiga Grécia não era um país unificado como o Brasil atual, por exemplo, ou como o Egito Antigo, cujo território estava sob o domínio dos faraós. Os gregos se dividiam em várias pólis ou cidades-estados, unidades políticas autônomas organizadas com suas próprias leis e governantes. As cidades-estados gregas eram independentes umas das outras e foi comum, inclusive, a ocorrência de guerras internas. Entretanto, as pólis gregas compartilhavam características em comum. A religião e a língua eram as mesmas para todos os gregos. Além de Esparta e Atenas podemos citar outras cidades-estados, como Micenas, Tebas, Olímpia etc.
O centro político-administravivo das pólis era a Acrópolis (geralmente a região mais alta da cidade-estado). Nas Acrópolis se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora (espaço em que ocorriam debates e decisões políticas).
Ao redor da pólis havia uma espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis.
As áreas ocupada pelas pólis não eram de grande extensão. Em média tinham de 200 a 500 km². Atenas, uma das pólis mais populosas e prósperas da época, era uma excessão com cerca de 2.500 km².


ANTROPOCENTRISMO.
Antropocentrismo (antropo: homem; centrismo: centro): foi um pensamento, uma mentalidade moldada pelos antigos gregos. Como o próprio nome já diz, o antropocentrismo considera o “homem como o centro”. O antropocentrismo procura explicar as coisas através do uso da razão e não a partir de crenças míticas e supersticiosas. O antropocentrismo valoriza o homem desde o seu corpo – considerado uma “maravilha da natureza” – até os sentimentos e sua inteligência. A própria arte valorizava o ser humano. O homem era representado nas estátuas de maneira realista, dando destaque aos detalhes do corpo. Até mesmo os deuses eram retratados em corpos humanos perfeitos. Durante o século XV o movimento humanista inspirou-se na cultura grega e iniciou o Renascimento.

FILOSOFIA.
A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana: o comportamento e os sentimentos. Podemos destacar como principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles Sócrates. Podemos citar também Tales de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo.


ESPORTES.
Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.


TEATRO.
Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças teatrais da Grécia Antiga. O teatro surgiu a partir das festas em homenagem ao deus Dionísio, as famosas festas dionisíacas – na Roma Antiga eram conhecidas como Bacanais. Os atores encenavam histórias da mitologia, a religião grega. As mulheres eram proibidas de atuar nas peças, cabia aos homens interpretar as personagens femininas.


ARQUITETURA GREGA.
Um dos templos gregos mais conhecidos é o Pártenon (templo de Atenas), que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico.



DEMOCRACIA.
Denomina-se democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade", “governo”) uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos. A cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e livres) eram
aqueles que podiam participar das votações que ocorriam na Ágora (praça pública). Decidiam, de forma direta, os rumos da cidade-estado. Na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, surgiu o conceito de cidadania, na qual as pessoas podiam expressar suas idéias, fazer suas críticas e eleger seus governantes. Essa liberdade individual foi a base da democracia. Entretanto, somente uma pequena parte da população ateniense era considerada cidadã. Mulheres, estrangeiros e escravos estavam excluídos da política.


ESCRAVIDÃO.
Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava. Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas). Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.


ESPARTA.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas (contra os persas), a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Educação. O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino espartano era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército. Leônidas. A figura de Leônidas, rei de Esparta, permaneceu como símbolo de heroísmo e alimentou a lenda segundo a qual os espartanos nunca se rendiam. A família de Leônidas se proclamava descendente de Hércules. Em 480 a.C., chegou à cidade a notícia de que Xerxes, imperador da Pérsia, avançava com seu exército contra a Grécia. Leônidas, à frente de apenas 300 hoplitas, soldados de infantaria fortemente armados, conseguiu conter os persas durante dois dias no desfiladeiro das Termópilas, na Tessália. Estes, contudo, guiados pelo traidor Efialte, atacaram pela retaguarda, e os mil homens que Leônidas destacara para prevenir esse movimento não foram suficientes para impedir o cerco. Depois de dispensar as forças não-espartanas, Leônidas combateu até o último homem. Leônidas morreu na batalha, mas ficou célebre pela heroica defesa do desfiladeiro, que inspirou ao pintor francês Jacques-Louis David.



ATENAS.
Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros. Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente. Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates.
Educação: Na antiguidade, a cidade-estado grega de Atenas destacou-se nas áreas de artes, teatro, literatura e outras atividades culturais. Desta forma, a educação ateniense refletiu os anseios e valores desta sociedade. A educação ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta dos sete anos de idade, o menino ateniense era orientado por um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam música, artes plásticas, Filosofia, etc. As atividades físicas também faziam parte da vida escolar, pois os atenienses consideravam de grande importância a manutenção da saúde corporal. Já as meninas de Atenas não frequentavam escolas, pois ficavam aos cuidados da mãe até o casamento.
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos memoráveis tempos antigos. A cidade é um dos principais pontos turísticos da Europa e do mundo.


HOMERO.
Homero foi um poeta da Grécia Antiga que nasceu e viveu no século VIII a.C. É autor de duas das principais obras da antiguidade: os poemas épicos Ilíada e Odisseia. Embora não se saiba muito sobre a vida de Homero (e se ele existiu mesmo ou não), uma certeza é que suas obras são fontes fundamentais para o estudo da história da Grécia Antiga. Os poemas de Homero revelam informações importantes sobre comportamento, cultura, religião, fatos históricos, mitologia e a sociedade da Antiga Grécia. Obras atribuídas a Homero: Ilíada – poema épico grego, considerado o mais antigo da literatura ocidental. São 15.693 versos que narram os acontecimentos da Guerra de Troia (cidade chamada de Ilion pelos gregos). Personagens da Ilíada: Helena (semi-deusa), esposa de Menelau (rei de Esparta) e que foi seduzida por Páris (príncipe troiano que matou Aquiles com uma flecha no calcanhar) / Aquiles (semi-deus), era o maior guerreiro grego e matou o maior guerreiro troiano, Heitor (irmão de Paris) / Agamenon (líder dos gregos e rei da cidade Micenas) / Odisseu, rei grego que teve a ideia de construir o Cavalo de Troia para enganar os troianos. / Pátroclo, primo de Aquiles morto por Heitor. Odisseia – são 24 cantos que narram a viagem de volta do herói grego Odisseu (Ulisses) da Guerra de Troia. São 10 anos de aventuras até chegar na Ilha de Ítaca, onde era rei. Durante a viagem, Odisseu enfrenta um Ciclope e ouve o canto das sereias.


MITOLOGIA GREGA.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.


Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
- Heróis (semi-deuses): seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules, Aquiles, Perseu, Helena, Minos.
- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe (ou pássaro), atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa, cujo poder era o de transformar aqueles que olhassem diretamente para seu rosto em estátua de pedra.
- Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.


Minotauro: É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.



Perseu: Filho de Zeus com a mortal Dânae, decapitou a Medusa e salvou princesa Andrômeda de um monstro marinho. Diz a lenda que Perseu fundou a Pérsia (atual Irã) Deuses gregos. De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos (antropomorfismo). Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos :
Seres primordiais: Caos (força criadora), Gea (terra, mãe dos titãs), Urano (céu; pai dos titãs), Ponto (água), Tártaro (subterrâneo)
Titãs: os titãs eram os filhos dos primitivos senhores do universo, Gaia (ou Gea) e Urano. Os principais eram Cronos (tempo; pais de Zeus e de seus irmãos) e Réia (esposa de Cronos)


Deuses Olímpicos
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu. 
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo. 
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade, esposa de Zeus. 
Apolo - deus da luz (sol) e das obras de artes, medicina. 
Artemis - deusa da caça. 
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Deusa guerreira, protetora da cidade de Atenas 
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações. Mensageiro de Zeus. 
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho. Criou o raio de Zeus.
Dionísio – deus do vinho, das festas, da loucura. 
Deméter – deusa da agricultura e do clima ,
Héstia: deusa do lar e da família.

GRÉCIA ANTIGA

GRÉCIA ANTIGA





ORIGEM e LOCALIZAÇÃO.
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.


PERÍODOS DA HISTÓRIA DA GRÉCIA ANTIGA
Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C. Época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênica (cidade de Micenas) e Cretense (Ilha de Creta). Invasão dos Dórios no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C (nome referente ao poeta Homero). Conclusão do processo de ruralização das comunidades da Antiga Grécia. No final deste período ocorreu o crescimento populacional.
Arcaico - entre 700 e 500 a.C. Surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.
Clássico - entre 500 e 338 a.C. Época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e político da Grécia Antiga. Período mais importante da história grega. Época de grande fortalecimento das cidades-estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos como, por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta). São chamados de Guerra do Peloponeso os episódios militares registrados entre os anos 431 e 404 a.C. que afetaram quase todo o mundo grego, então dividido entre duas grandes potências: Atenas e Esparta. As diferentes alianças, as destruições e a intervenção indireta do império persa precipitaram a decadência política do mundo grego, de forma tal que nenhum dos lados conseguiu resultado favorável. Essa longa guerra facilitou a invasão macedônica sobre a Grécia, pois esta já estava muita enfraquecida.
Helenístico - entre 338 e 146 a.C. Fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se por outros continentes, fundindo-se com outras culturas (helenismo). A expansão da cultura grega foi marcada pelo reinado do macedônio Alexandre O Grande, que conquistou territórios europeus, africanos e asiáticos, constituindo um dos maiores impérios de todos os tempos. Alexandre cresceu na Grécia e foi educado por Aristóteles, um dos maiores sábios gregos. O termo helenismo originou-se de Hélade, nome pelo qual era chamada a Grécia pelos próprios gregos.



PÓLIS GREGAS.
A Antiga Grécia não era um país unificado como o Brasil atual, por exemplo, ou como o Egito Antigo, cujo território estava sob o domínio dos faraós. Os gregos se dividiam em várias pólis ou cidades-estados, unidades políticas autônomas organizadas com suas próprias leis e governantes. As cidades-estados gregas eram independentes umas das outras e foi comum, inclusive, a ocorrência de guerras internas. Entretanto, as pólis gregas compartilhavam características em comum. A religião e a língua eram as mesmas para todos os gregos. Além de Esparta e Atenas podemos citar outras cidades-estados, como Micenas, Tebas, Olímpia etc.
O centro político-administravivo das pólis era a Acrópolis (geralmente a região mais alta da cidade-estado). Nas Acrópolis se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora (espaço em que ocorriam debates e decisões políticas).
Ao redor da pólis havia uma espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis.
As áreas ocupada pelas pólis não eram de grande extensão. Em média tinham de 200 a 500 km². Atenas, uma das pólis mais populosas e prósperas da época, era uma excessão com cerca de 2.500 km².


ANTROPOCENTRISMO.
Antropocentrismo (antropo: homem; centrismo: centro): foi um pensamento, uma mentalidade moldada pelos antigos gregos. Como o próprio nome já diz, o antropocentrismo considera o “homem como o centro”. O antropocentrismo procura explicar as coisas através do uso da razão e não a partir de crenças míticas e supersticiosas. O antropocentrismo valoriza o homem desde o seu corpo – considerado uma “maravilha da natureza” – até os sentimentos e sua inteligência. A própria arte valorizava o ser humano. O homem era representado nas estátuas de maneira realista, dando destaque aos detalhes do corpo. Até mesmo os deuses eram retratados em corpos humanos perfeitos. Durante o século XV o movimento humanista inspirou-se na cultura grega e iniciou o Renascimento.

FILOSOFIA.
A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana: o comportamento e os sentimentos. Podemos destacar como principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles Sócrates. Podemos citar também Tales de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo.


ESPORTES.
Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.


TEATRO.
Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças teatrais da Grécia Antiga. O teatro surgiu a partir das festas em homenagem ao deus Dionísio, as famosas festas dionisíacas – na Roma Antiga eram conhecidas como Bacanais. Os atores encenavam histórias da mitologia, a religião grega. As mulheres eram proibidas de atuar nas peças, cabia aos homens interpretar as personagens femininas.


ARQUITETURA GREGA.
Um dos templos gregos mais conhecidos é o Pártenon (templo de Atenas), que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico.



DEMOCRACIA.
Denomina-se democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade", “governo”) uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos. A cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e livres) eram
aqueles que podiam participar das votações que ocorriam na Ágora (praça pública). Decidiam, de forma direta, os rumos da cidade-estado. Na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, surgiu o conceito de cidadania, na qual as pessoas podiam expressar suas idéias, fazer suas críticas e eleger seus governantes. Essa liberdade individual foi a base da democracia. Entretanto, somente uma pequena parte da população ateniense era considerada cidadã. Mulheres, estrangeiros e escravos estavam excluídos da política.


ESCRAVIDÃO.
Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava. Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas). Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.


ESPARTA.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas (contra os persas), a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Educação. O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino espartano era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército. Leônidas. A figura de Leônidas, rei de Esparta, permaneceu como símbolo de heroísmo e alimentou a lenda segundo a qual os espartanos nunca se rendiam. A família de Leônidas se proclamava descendente de Hércules. Em 480 a.C., chegou à cidade a notícia de que Xerxes, imperador da Pérsia, avançava com seu exército contra a Grécia. Leônidas, à frente de apenas 300 hoplitas, soldados de infantaria fortemente armados, conseguiu conter os persas durante dois dias no desfiladeiro das Termópilas, na Tessália. Estes, contudo, guiados pelo traidor Efialte, atacaram pela retaguarda, e os mil homens que Leônidas destacara para prevenir esse movimento não foram suficientes para impedir o cerco. Depois de dispensar as forças não-espartanas, Leônidas combateu até o último homem. Leônidas morreu na batalha, mas ficou célebre pela heroica defesa do desfiladeiro, que inspirou ao pintor francês Jacques-Louis David.



ATENAS.
Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros. Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente. Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates.
Educação: Na antiguidade, a cidade-estado grega de Atenas destacou-se nas áreas de artes, teatro, literatura e outras atividades culturais. Desta forma, a educação ateniense refletiu os anseios e valores desta sociedade. A educação ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta dos sete anos de idade, o menino ateniense era orientado por um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam música, artes plásticas, Filosofia, etc. As atividades físicas também faziam parte da vida escolar, pois os atenienses consideravam de grande importância a manutenção da saúde corporal. Já as meninas de Atenas não frequentavam escolas, pois ficavam aos cuidados da mãe até o casamento.
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos memoráveis tempos antigos. A cidade é um dos principais pontos turísticos da Europa e do mundo.


HOMERO.
Homero foi um poeta da Grécia Antiga que nasceu e viveu no século VIII a.C. É autor de duas das principais obras da antiguidade: os poemas épicos Ilíada e Odisseia. Embora não se saiba muito sobre a vida de Homero (e se ele existiu mesmo ou não), uma certeza é que suas obras são fontes fundamentais para o estudo da história da Grécia Antiga. Os poemas de Homero revelam informações importantes sobre comportamento, cultura, religião, fatos históricos, mitologia e a sociedade da Antiga Grécia. Obras atribuídas a Homero: Ilíada – poema épico grego, considerado o mais antigo da literatura ocidental. São 15.693 versos que narram os acontecimentos da Guerra de Troia (cidade chamada de Ilion pelos gregos). Personagens da Ilíada: Helena (semi-deusa), esposa de Menelau (rei de Esparta) e que foi seduzida por Páris (príncipe troiano que matou Aquiles com uma flecha no calcanhar) / Aquiles (semi-deus), era o maior guerreiro grego e matou o maior guerreiro troiano, Heitor (irmão de Paris) / Agamenon (líder dos gregos e rei da cidade Micenas) / Odisseu, rei grego que teve a ideia de construir o Cavalo de Troia para enganar os troianos. / Pátroclo, primo de Aquiles morto por Heitor. Odisseia – são 24 cantos que narram a viagem de volta do herói grego Odisseu (Ulisses) da Guerra de Troia. São 10 anos de aventuras até chegar na Ilha de Ítaca, onde era rei. Durante a viagem, Odisseu enfrenta um Ciclope e ouve o canto das sereias.


MITOLOGIA GREGA.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.


Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
- Heróis (semi-deuses): seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules, Aquiles, Perseu, Helena, Minos.
- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe (ou pássaro), atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa, cujo poder era o de transformar aqueles que olhassem diretamente para seu rosto em estátua de pedra.
- Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.


Minotauro: É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.



Perseu: Filho de Zeus com a mortal Dânae, decapitou a Medusa e salvou princesa Andrômeda de um monstro marinho. Diz a lenda que Perseu fundou a Pérsia (atual Irã) Deuses gregos. De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos (antropomorfismo). Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos :
Seres primordiais: Caos (força criadora), Gea (terra, mãe dos titãs), Urano (céu; pai dos titãs), Ponto (água), Tártaro (subterrâneo)
Titãs: os titãs eram os filhos dos primitivos senhores do universo, Gaia (ou Gea) e Urano. Os principais eram Cronos (tempo; pais de Zeus e de seus irmãos) e Réia (esposa de Cronos)


Deuses Olímpicos
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu. 
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo. 
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade, esposa de Zeus. 
Apolo - deus da luz (sol) e das obras de artes, medicina. 
Artemis - deusa da caça. 
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Deusa guerreira, protetora da cidade de Atenas 
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações. Mensageiro de Zeus. 
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho. Criou o raio de Zeus.
Dionísio – deus do vinho, das festas, da loucura. 
Deméter – deusa da agricultura e do clima ,
Héstia: deusa do lar e da família.

GRÉCIA ANTIGA

GRÉCIA ANTIGA





ORIGEM e LOCALIZAÇÃO.
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.


PERÍODOS DA HISTÓRIA DA GRÉCIA ANTIGA
Pré-Homérico - entre 2000 e 1.100 a.C. Época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênica (cidade de Micenas) e Cretense (Ilha de Creta). Invasão dos Dórios no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C (nome referente ao poeta Homero). Conclusão do processo de ruralização das comunidades da Antiga Grécia. No final deste período ocorreu o crescimento populacional.
Arcaico - entre 700 e 500 a.C. Surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.
Clássico - entre 500 e 338 a.C. Época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e político da Grécia Antiga. Período mais importante da história grega. Época de grande fortalecimento das cidades-estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos como, por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta). São chamados de Guerra do Peloponeso os episódios militares registrados entre os anos 431 e 404 a.C. que afetaram quase todo o mundo grego, então dividido entre duas grandes potências: Atenas e Esparta. As diferentes alianças, as destruições e a intervenção indireta do império persa precipitaram a decadência política do mundo grego, de forma tal que nenhum dos lados conseguiu resultado favorável. Essa longa guerra facilitou a invasão macedônica sobre a Grécia, pois esta já estava muita enfraquecida.
Helenístico - entre 338 e 146 a.C. Fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se por outros continentes, fundindo-se com outras culturas (helenismo). A expansão da cultura grega foi marcada pelo reinado do macedônio Alexandre O Grande, que conquistou territórios europeus, africanos e asiáticos, constituindo um dos maiores impérios de todos os tempos. Alexandre cresceu na Grécia e foi educado por Aristóteles, um dos maiores sábios gregos. O termo helenismo originou-se de Hélade, nome pelo qual era chamada a Grécia pelos próprios gregos.



PÓLIS GREGAS.
A Antiga Grécia não era um país unificado como o Brasil atual, por exemplo, ou como o Egito Antigo, cujo território estava sob o domínio dos faraós. Os gregos se dividiam em várias pólis ou cidades-estados, unidades políticas autônomas organizadas com suas próprias leis e governantes. As cidades-estados gregas eram independentes umas das outras e foi comum, inclusive, a ocorrência de guerras internas. Entretanto, as pólis gregas compartilhavam características em comum. A religião e a língua eram as mesmas para todos os gregos. Além de Esparta e Atenas podemos citar outras cidades-estados, como Micenas, Tebas, Olímpia etc.
O centro político-administravivo das pólis era a Acrópolis (geralmente a região mais alta da cidade-estado). Nas Acrópolis se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora (espaço em que ocorriam debates e decisões políticas).
Ao redor da pólis havia uma espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis.
As áreas ocupada pelas pólis não eram de grande extensão. Em média tinham de 200 a 500 km². Atenas, uma das pólis mais populosas e prósperas da época, era uma excessão com cerca de 2.500 km².


ANTROPOCENTRISMO.
Antropocentrismo (antropo: homem; centrismo: centro): foi um pensamento, uma mentalidade moldada pelos antigos gregos. Como o próprio nome já diz, o antropocentrismo considera o “homem como o centro”. O antropocentrismo procura explicar as coisas através do uso da razão e não a partir de crenças míticas e supersticiosas. O antropocentrismo valoriza o homem desde o seu corpo – considerado uma “maravilha da natureza” – até os sentimentos e sua inteligência. A própria arte valorizava o ser humano. O homem era representado nas estátuas de maneira realista, dando destaque aos detalhes do corpo. Até mesmo os deuses eram retratados em corpos humanos perfeitos. Durante o século XV o movimento humanista inspirou-se na cultura grega e iniciou o Renascimento.

FILOSOFIA.
A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana: o comportamento e os sentimentos. Podemos destacar como principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles Sócrates. Podemos citar também Tales de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo.


ESPORTES.
Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.


TEATRO.
Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças teatrais da Grécia Antiga. O teatro surgiu a partir das festas em homenagem ao deus Dionísio, as famosas festas dionisíacas – na Roma Antiga eram conhecidas como Bacanais. Os atores encenavam histórias da mitologia, a religião grega. As mulheres eram proibidas de atuar nas peças, cabia aos homens interpretar as personagens femininas.


ARQUITETURA GREGA.
Um dos templos gregos mais conhecidos é o Pártenon (templo de Atenas), que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico.



DEMOCRACIA.
Denomina-se democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade", “governo”) uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos. A cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e livres) eram
aqueles que podiam participar das votações que ocorriam na Ágora (praça pública). Decidiam, de forma direta, os rumos da cidade-estado. Na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, surgiu o conceito de cidadania, na qual as pessoas podiam expressar suas idéias, fazer suas críticas e eleger seus governantes. Essa liberdade individual foi a base da democracia. Entretanto, somente uma pequena parte da população ateniense era considerada cidadã. Mulheres, estrangeiros e escravos estavam excluídos da política.


ESCRAVIDÃO.
Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava. Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas). Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.


ESPARTA.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas (contra os persas), a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Educação. O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino espartano era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército. Leônidas. A figura de Leônidas, rei de Esparta, permaneceu como símbolo de heroísmo e alimentou a lenda segundo a qual os espartanos nunca se rendiam. A família de Leônidas se proclamava descendente de Hércules. Em 480 a.C., chegou à cidade a notícia de que Xerxes, imperador da Pérsia, avançava com seu exército contra a Grécia. Leônidas, à frente de apenas 300 hoplitas, soldados de infantaria fortemente armados, conseguiu conter os persas durante dois dias no desfiladeiro das Termópilas, na Tessália. Estes, contudo, guiados pelo traidor Efialte, atacaram pela retaguarda, e os mil homens que Leônidas destacara para prevenir esse movimento não foram suficientes para impedir o cerco. Depois de dispensar as forças não-espartanas, Leônidas combateu até o último homem. Leônidas morreu na batalha, mas ficou célebre pela heroica defesa do desfiladeiro, que inspirou ao pintor francês Jacques-Louis David.



ATENAS.
Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros. Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente. Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates.
Educação: Na antiguidade, a cidade-estado grega de Atenas destacou-se nas áreas de artes, teatro, literatura e outras atividades culturais. Desta forma, a educação ateniense refletiu os anseios e valores desta sociedade. A educação ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta dos sete anos de idade, o menino ateniense era orientado por um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam música, artes plásticas, Filosofia, etc. As atividades físicas também faziam parte da vida escolar, pois os atenienses consideravam de grande importância a manutenção da saúde corporal. Já as meninas de Atenas não frequentavam escolas, pois ficavam aos cuidados da mãe até o casamento.
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos memoráveis tempos antigos. A cidade é um dos principais pontos turísticos da Europa e do mundo.


HOMERO.
Homero foi um poeta da Grécia Antiga que nasceu e viveu no século VIII a.C. É autor de duas das principais obras da antiguidade: os poemas épicos Ilíada e Odisseia. Embora não se saiba muito sobre a vida de Homero (e se ele existiu mesmo ou não), uma certeza é que suas obras são fontes fundamentais para o estudo da história da Grécia Antiga. Os poemas de Homero revelam informações importantes sobre comportamento, cultura, religião, fatos históricos, mitologia e a sociedade da Antiga Grécia. Obras atribuídas a Homero: Ilíada – poema épico grego, considerado o mais antigo da literatura ocidental. São 15.693 versos que narram os acontecimentos da Guerra de Troia (cidade chamada de Ilion pelos gregos). Personagens da Ilíada: Helena (semi-deusa), esposa de Menelau (rei de Esparta) e que foi seduzida por Páris (príncipe troiano que matou Aquiles com uma flecha no calcanhar) / Aquiles (semi-deus), era o maior guerreiro grego e matou o maior guerreiro troiano, Heitor (irmão de Paris) / Agamenon (líder dos gregos e rei da cidade Micenas) / Odisseu, rei grego que teve a ideia de construir o Cavalo de Troia para enganar os troianos. / Pátroclo, primo de Aquiles morto por Heitor. Odisseia – são 24 cantos que narram a viagem de volta do herói grego Odisseu (Ulisses) da Guerra de Troia. São 10 anos de aventuras até chegar na Ilha de Ítaca, onde era rei. Durante a viagem, Odisseu enfrenta um Ciclope e ouve o canto das sereias.


MITOLOGIA GREGA.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa. Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.


Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
- Heróis (semi-deuses): seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules, Aquiles, Perseu, Helena, Minos.
- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe (ou pássaro), atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa, cujo poder era o de transformar aqueles que olhassem diretamente para seu rosto em estátua de pedra.
- Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.


Minotauro: É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.



Perseu: Filho de Zeus com a mortal Dânae, decapitou a Medusa e salvou princesa Andrômeda de um monstro marinho. Diz a lenda que Perseu fundou a Pérsia (atual Irã) Deuses gregos. De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos (antropomorfismo). Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos :
Seres primordiais: Caos (força criadora), Gea (terra, mãe dos titãs), Urano (céu; pai dos titãs), Ponto (água), Tártaro (subterrâneo)
Titãs: os titãs eram os filhos dos primitivos senhores do universo, Gaia (ou Gea) e Urano. Os principais eram Cronos (tempo; pais de Zeus e de seus irmãos) e Réia (esposa de Cronos)


Deuses Olímpicos
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu. 
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo. 
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade, esposa de Zeus. 
Apolo - deus da luz (sol) e das obras de artes, medicina. 
Artemis - deusa da caça. 
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Deusa guerreira, protetora da cidade de Atenas 
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações. Mensageiro de Zeus. 
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho. Criou o raio de Zeus.
Dionísio – deus do vinho, das festas, da loucura. 
Deméter – deusa da agricultura e do clima ,
Héstia: deusa do lar e da família.

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